A gravidez é um período cheio de dúvidas, especialmente quando se trata dos nossos cuidados pessoais. Entre as dúvidas mais comuns, a que mais me intrigou é se podemos pintar o cabelo na gestação sem riscos para o bebê. Afinal, os produtos químicos das tinturas podem representar algum perigo na nossa gestação?
Hoje, vou tentar esclarecer alguns mitos e verdades sobre o uso de coloração capilar na gravidez, quais os cuidados necessários e quais alternativas seguras estão disponíveis.
Pintar o cabelo na gravidez faz mal ao bebê?
Muitas futuras mamães se preocupam com os componentes químicos das tinturas, como a amônia e o chumbo, e se eles podem atravessar a corrente sanguínea e chegar ao bebê. Embora alguns estudos indicam que a absorção desses produtos pelo couro cabeludo seja mínima, alguns especialistas recomendam cautela, principalmente durante o primeiro trimestre.
O primeiro trimestre é a fase mais crítica da gestação, pois é quando ocorre o desenvolvimento inicial dos órgãos do bebê. Dessa forma, qualquer substância química absorvida pelo organismo pode ter um impacto maior. Assim, para evitar qualquer risco, muitos médicos sugerem que a gestante espere até o segundo trimestre para retocar a cor dos fios.
Mitos e verdades sobre pintar o cabelo na gestação
1. Tinturas sem amônia são seguras
Muitas marcas oferecem tinturas sem amônia como uma opção “segura” para gestantes. De fato, essas tinturas são menos agressivas e têm uma liberação menor de gases tóxicos. No entanto, elas ainda contêm outras substâncias químicas que podem ser absorvidas pelo nosso couro cabeludo. Portanto, o ideal é conversar com o seu médico antes de fazer qualquer procedimento químico nos cabelos.
2. Luzes e mechas são mais seguras que a coloração total
Isso é verdade. Como as luzes e mechas são feitas apenas nos fios, sem contato direto com o couro cabeludo, a absorção dos químicos é praticamente zero. Por isso, esses procedimentos costumam ser liberados pelos médicos, desde que sejam feitos em um ambiente bem ventilado para evitar a inalação dos vapores da química.
3. O ideal é esperar até o segundo trimestre
Sim, essa é uma verdade recomendada pela maioria dos especialistas. O primeiro trimestre é um momento de formação do bebê, então qualquer exposição a produtos químicos deve ser evitada. No segundo trimestre, quando os órgãos já estão mais desenvolvidos, o risco é menor e os médicos costumam liberar o uso de tinturas com mais segurança.
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Alternativas seguras para pintar o cabelo durante a gravidez
Para quem deseja manter a cor dos fios e pintar o cabelo na gestação sem se expor a químicos mais agressivos, existem algumas opções mais seguras:
- Hena natural: é uma alternativa 100% vegetal que colore os fios sem prejudicar a saúde do bebê.
- Shampoos tonalizantes sem amônia: possuem menor concentração de produtos químicos e saem gradualmente com as lavagens.
- Luzes ou balayage: como não entram em contato direto com o couro cabeludo, são opções mais seguras.
Cuidados importantes para se atentar
Caso a futura mamãe decida pintar o cabelo na gestação, é essencial seguir algumas precauções para garantir mais segurança:
- Escolha tinturas sem amônia e sem metais pesados.
- Evite a aplicação direta no couro cabeludo e opte por técnicas como luzes e reflexos.
- Sempre faça o procedimento em um local bem ventilado para evitar inalar vapores químicos.
- Hidrate os fios regularmente para mantê-los saudáveis, já que a gravidez pode afetar a textura e o brilho do cabelo.
- Converse com o obstetra antes de realizar qualquer tipo de coloração, garantindo que não haja riscos específicos para sua saúde e do bebê.
Pintar o cabelo na gestação é uma escolha pessoal que deve ser feita com cautela. Se ainda houver dúvidas, o melhor é esperar até o segundo trimestre e optar por alternativas mais seguras, como hena natural ou mechas sem contato com o couro cabeludo. O mais importante é priorizar a saúde do bebê e seguir as orientações do médico para passar por esse período com tranquilidade e segurança.