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07 coisas para evitar: O que não fazer na gravidez

A gravidez é um período mágico, mas também nos enche de dúvidas e cuidados. Algumas atitudes podem colocar a nossa saúde e a saúde do bebê em risco, por isso é essencial estar bem informada sobre o que de fato pode e o que não pode nesse período. Vou compartilhar algumas das principais coisas que devemos evitar e o que não fazer na gravidez.

1. Consumir Álcool e Fumar

Evitar o consumo de álcool durante a gravidez é essencial para garantir a saúde do nosso bebê. Mesmo em pequenas quantidades, o álcool pode representar riscos, pois atravessa a placenta e chega diretamente ao feto que ainda está em formação e não tem um sistema hepático desenvolvido o suficiente para processá-lo. Isso pode resultar no que chamamos de Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), uma condição grave que pode causar atrasos no desenvolvimento, dificuldades cognitivas e problemas de comportamento no desenvolvimento da vida da criança.

Além disso, alguns estudos falam que o consumo de álcool pode aumentar o risco de aborto espontâneo, parto prematuro e baixo peso ao nascer. Muitas mulheres se questionam se apenas um gole ocasional pode fazer mal, mas os especialistas recomendam a abstinência total, já que não há uma quantidade segura estabelecida. A melhor abordagem é evitar qualquer exposição, garantindo um ambiente livre de riscos para o bebê desde o início da gestação.

Caso surja uma ocasião especial e a vontade de brindar, é sempre válido buscar alternativas, como sucos naturais ou drinks sem álcool. O importante é lembrar que os nove meses de cuidados e precauções fazem toda a diferença na saúde do bebê e que pequenas mudanças nos hábitos podem trazer benefícios duradouros.

Da mesma forma, o cigarro durante a gravidez representa sérios riscos tanto para a mãe quanto para o bebê. As substâncias tóxicas presentes no cigarro diminuiem o fluxo sanguíneo para a placenta, comprometendo a oxigenação e o fornecimento de nutrientes essenciais ao desenvolvimento fetal. Isso pode levar a complicações como restrição do crescimento intrauterino, parto prematuro e até aumento do risco de morte súbita infantil. Além disso, o tabagismo está diretamente relacionado a problemas respiratórios no bebê após o nascimento, tornando mais provável o desenvolvimento de doenças como asma e bronquite. Para quem fuma, sei que parar pode ser desafiador, mas buscar apoio profissional e encontrar alternativas saudáveis para lidar com a ansiedade são passos fundamentais para nos garantir uma gestação mais segura.

2. Comer Alimentos Crus ou Malpassados

Se você, assim como eu, ama comida japonesa, pode ser um pouco frustrante descobrir que durante a gravidez devemos evitar o consumo de peixes e carnes cruas. Isso porque esses alimentos podem conter bactérias e parasitas, como a Listeria e o Anisakis, que representam riscos sérios para a saúde do bebê. A listeriose, por exemplo, pode causar infecções graves e até levar a complicações como parto prematuro ou aborto espontâneo. Além disso, alguns peixes crus possuem altas concentrações de mercúrio, substância que pode afetar o desenvolvimento neurológico do bebê.

Por mais que restaurantes confiáveis sigam rigorosos padrões de higiene, não há como garantir 100% a eliminação desses riscos. O sistema imunológico da gestante passa por mudanças e fica mais vulnerável a infecções, tornando ainda mais importante a precaução com a alimentação. Até mesmo queijos feitos com leite não pasteurizado e embutidos como presunto e salame entram na lista dos alimentos que merecem atenção especial, pois também podem conter a bactéria Listeria.

Mas calma, isso não significa que você precise abrir mão completamente do sabor que gosta. Existem versões seguras, como sushis preparados com peixes cozidos ou vegetais, além de opções quentes da culinária japonesa, como tempurás e yakisoba. O importante é sempre garantir que os alimentos estejam bem cozidos e evitar qualquer risco desnecessário para a saúde do seu bebê. Afinal, essa fase passa rápido e, depois do nascimento, você poderá voltar a aproveitar seus pratos preferidos sem preocupação!

3. Exagerar na Cafeína

Outra dificuldade que tive foi diminuir as doses diárias de café. Sempre amei aquele cheirinho pela manhã e a energia que ele me dava ao longo do dia. No entanto, durante a gravidez, precisei repensar esse hábito, pois o consumo excessivo de cafeína pode trazer riscos para o bebê. O problema é que a cafeína atravessa a placenta e o organismo do bebê ainda não consegue metabolizá-la tão bem quanto o nosso. Isso pode afetar o desenvolvimento do feto e até aumentar o risco de parto prematuro e baixo peso ao nascer.

No começo, tentei apenas reduzir a quantidade, mas logo percebi que precisava de alternativas para substituir essa rotina. Chá preto e refrigerantes de cola, por exemplo, também contêm cafeína, então não eram as melhores opções. Foi aí que comecei a apostar em sucos naturais, chás sem cafeína e até leite morno para trazer aquela sensação aconchegante que eu tanto gostava com o café. Descobri que o famoso café descafeinado também pode ser uma alternativa, desde que consumido com moderação.

Aos poucos, fui percebendo que não era só a cafeína que me dava energia, mas também uma boa noite de sono e uma alimentação equilibrada. Então, ao invés de me preocupar apenas com o café, passei a focar em melhorar minha rotina como um todo. Confesso que não foi fácil no início, mas depois de um tempo me acostumei e hoje vejo que valeu a pena. Afinal, tudo que fazemos nessa fase tem um impacto direto no nosso bebê, e cada pequeno cuidado faz toda a diferença!

4. Automedicação

A automedicação durante a gesação (e fora dela também) é algo que devemos evitar a todo custo. Mesmo um simples analgésico pode atravessar afetar o desenvolvimento do seu bebê, então, antes de tomar qualquer medicamento, sempre consulte seu obstetra. Ele é quem deve te orientar sobre o que pode ou não usar, garantindo a sua saúde e a do bebê.

Sempre que sentir dores ou algum desconforto, devemos buscar alternativas seguras para aliviar. Mudanças na rotina, como fazer exercícios leves, se hidratar bem e descansar, são opções que acabam funcionado.

Alguns remédios, como antiinflamatórios, descongestionantes e até certos antibióticos, devem ser evitados na gestação, a não ser por indicação médica. A saúde do bebê sempre vem em primeiro lugar, então, nunca faça uso de remédios sem saber se são seguros para ele.

5. Esquecer do Pré-Natal

O pré-natal é super importante porque garante que a saúde da mãe e do bebê seja acompanhada de perto, ajudando a identificar e evitar possíveis complicações. Durante as consultas, o médico vai pedir exames, acompanhar o crescimento do bebê e dar melhores orientações sobre alimentação, exercícios e outros cuidados essenciais para esse momento. Caso precise remarcar alguma consulta, é importante fazer isso o quanto antes, para garantir que o acompanhamento da gestação continue em dia e a segurança do bebê seja sempre a prioridade.

Leia também: Exames Pré-Natais: Tudo o que você precisa saber

Além disso, as consultas pré-natais são uma ótima oportunidade para tirar dúvidas e conversar sobre qualquer desconforto ou sintoma que você possa estar sentindo. O médico vai te orientar sobre como se preparar para o parto e o que esperar dessa fase, o que ajuda muito a se sentir mais tranquila e preparada.

6. Expor-se a Produtos Químicos

É importante ficar atenta também aos produtos que usamos durante a gravidez, pois alguns podem fazer mal para o bebê. Por exemplo, tinturas de cabelo com amônia, produtos de limpeza fortes e até certos cosméticos podem liberar substâncias que acabam sendo absorvidas pelo nosso corpo e chegando ao bebê. Se você precisar pintar o cabelo, a dica é optar por tonalizantes sem amônia e sempre conversar com o obstetra antes de usar qualquer produto. Para a limpeza da casa, escolha alternativas mais naturais, como vinagre e bicarbonato de sódio, que são menos agressivos e mais seguras para o ambiente da gestação.

Quanto aos perfumes e hidratantes, a recomendação é escolher produtos hipoalergênicos e específicos para gestantes. Eles são formulados pensando na nossa pele sensível durante esse período e ajudam a evitar qualquer risco de reações alérgicas ou de passar substâncias prejudiciais para o bebê. Lembre-se sempre de checar os ingredientes e, se tiver dúvida, consulte seu médico!

7. Praticar Exercícios de Alto Impacto

A prática de atividade física é fundamental e acaba nos ajudando muito durante a gravidez, mas precisamos sempre tomar cuidado com os tipos de exercícios que fazemos. Esportes de contato, levantamento de peso excessivo e atividades com risco de queda devem ser evitados, pois podem colocar a gestação em risco. Mas não se preocupe, existem alternativas seguras para manter-se ativa e saudável. Caminhadas, hidroginástica e yoga são ótimas opções, pois ajudam a fortalecer o corpo, melhorar a circulação e reduzir o estresse, tudo de forma segura.

Se, durante algum exercício, você começar a sentir tontura, falta de ar ou dor, é essencial interromper imediatamente a atividade. Escute sempre o seu corpo e, se necessário, procure orientação médica. A saúde da gestante e do bebê deve sempre ser a prioridade!

A gravidez é uma fase especial que exige alguns cuidados extras. Pequenas mudanças na rotina fazem toda a diferença para garantir uma gestação saudável e tranquila. Ao evitar esses hábitos, protegemos não apenas nossa saúde, mas também o bem-estar do nosso bem mais precioso. Se tiver dúvidas sobre algum hábito ou restrição, sempre converse com seu médico!

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Laura Martins

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